A
cada dia mais ouvimos falar no termo Sociedade da Informação. Uma
sociedade que valoriza cada vez mais a capacidade intelectual, as
competências que as pessoas desenvolvem utilizando tecnologias que
evoluem em tamanha velocidade, que se torna necessário que evoluamos
junto para que possamos acompanhá-las de maneira a não ficarmos
desatualizados, desinformados, afinal, é exatamente isso que
procuramos o tempo todo, informação. E é este o desafio que a
educação vem enfrentando atualmente: transformar informação em
conhecimento.
Isso
acontece devido ao fato de que os indivíduos estão a cada dia mais
rodeados de novas tecnologias que lhes interessam, lhes chamam a
atenção, lhes prendem; de maneira a ficar cada vez mais difícil
para a escola/professor, proporcionar uma metodologia de ensino que
prenda o aluno tanto quanto essas tecnologias o prendem. Sendo assim,
é preciso que se saiba usar essas tecnologias de maneira favorável,
como uma ferramenta de ensino que sirva como uma porta para novas
oportunidades de aquisição de conhecimento, que, pelo intermédio
do professor, leve o aluno a uma posição de coautoria, de
pesquisador, de produtor no processo de formação. Assim como o
professor, que antes era visto como o detentor do conhecimento
passará a ser visto como incentivador, facilitador do processo de
ensino-aprendizagem.
Para
inserir essas novas tecnologias, é necessário, em primeiro lugar,
que se tenha um bom planejamento por parte da escola; que se tenham
objetivos a serem alcançados; que se tenha uma boa preparação do
professor, o que não significa que ele deva ser mestre no assunto,
mas que saiba dominar e escolher da melhor maneira possível os
softwares a serem utilizados, de acordo com a faixa etária,
características, cultura e meios em que estão inseridos os alunos,
já que não bastam recursos que possibilitem novas maneiras de fazer
se não houver professores capazes de orientar o aluno sobre como
fazer um bom uso dessa ferramenta.
Utilizar
computadores no processo de ensino não significa que se substituirá
o professor. Muito
menos que o uso deles salvará todos os anos de deficiência da
educação, mas sim, que o aluno terá um complemento a mais para que
a busca pelo conhecimento ocorra de uma maneira mais prazerosa e com
possibilidades diferentes. Qualquer meio de ensino, sejam o quadro
negro e livros didáticos ou, softwares de última geração, quando
mal utilizados não possuem a eficácia desejada. Por isso a
necessidade de preparação do professor e da escola para a inserção
desse tipo de ferramenta de ensino.
Há
muito tempo já é sabido que não se pode mais ver o aluno como uma
tábula rasa, e isso acontece (e muito) quando o assunto é a
utilização dos meios de tecnologia de comunicação e informação.
Muitos alunos sabem mais que seus professores, que ainda relutam em
utilizar tais meios como aparatos para a educação, então por que
não utilizar tal conhecimento a favor do ensino? Por que não tornar
isso uma ponte de acesso entre informação e conhecimento?
A
grande maioria dos alunos afirma gostar mais quando os professores
apresentam meios mais interativos durante suas aulas. Claro que não
é somente a utilização de um Power Point que tornará o ensino
mais interessante quando este apenas aparece como um substituto do
texto escrito no quadro negro. O aluno percebe quando se utiliza
essas ferramentas como maneira de “matar o tempo” da aula.
É
necessário que se repense a maneira de utilizar tais meios ao nosso
favor, despertando no aluno a vontade de buscar e não somente ser um
receptor de informações, e com isso, elevar a outro nível a sua
maneira de aprender, visto que a informação gera conhecimento e o
conhecimento gera informação.
Obviamente
sempre existirão obstáculos a serem enfrentados ao se implementar a
utilização de novas tecnologias como metodologia de ensino, que vão
desde elaborar uma pedagogia de projetos que abranja essa causa, até
a preparação dos profissionais. Porém, é preciso que se leve em
consideração que a participação de um projeto de ensino que
utilize tecnologias de comunicação e educação como ferramentas de
ação pedagógica requer que quem ensina e aprende repense e reveja
sua concepção de formação de cidadão que não é mais restrita a
uma sala de aula, assim como não é mais o resultado apenas da ação
do professor.
Utilizar
tecnologias como método de ensino-aprendizagem nos possibilita
reerguer uma verdade já esquecida: aprender vai muito além de
receber informações, muito além de ser um receptor, uma esponja
que absorve tudo o que lhe passam. Aprender é explorar, desenvolver
habilidades, trocar informações e experiências e transformá-las
em conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
KENSKI,
Vani Moureira. Tecnologias também servem para fazer educação. In:
KENSKI, Vani Moureira. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da
informação. SP: Papirus, 2007. p. 43-62.
MARQUES,
Adriana Cavalcanti; CAETANO, Josineide da Silva. Utilização da
informática na sala de aula. In: MERCADO, Luis Paulo Leopoldo
(Org.). Novas Tecnologias na Educação: Reflexões sobre prática.
Maceió: Edufal, 2002. p. 131-168
Vídeo:
“Quando sinto que já sei”. Disponível em:
http://vimeo.com/101830173?from=outro-embed.
Acesso em: 17/09/2014.
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