quarta-feira, 24 de setembro de 2014

TIC’s: o (re)pensar na Educação.




A cada dia mais ouvimos falar no termo Sociedade da Informação. Uma sociedade que valoriza cada vez mais a capacidade intelectual, as competências que as pessoas desenvolvem utilizando tecnologias que evoluem em tamanha velocidade, que se torna necessário que evoluamos junto para que possamos acompanhá-las de maneira a não ficarmos desatualizados, desinformados, afinal, é exatamente isso que procuramos o tempo todo, informação. E é este o desafio que a educação vem enfrentando atualmente: transformar informação em conhecimento.
Isso acontece devido ao fato de que os indivíduos estão a cada dia mais rodeados de novas tecnologias que lhes interessam, lhes chamam a atenção, lhes prendem; de maneira a ficar cada vez mais difícil para a escola/professor, proporcionar uma metodologia de ensino que prenda o aluno tanto quanto essas tecnologias o prendem. Sendo assim, é preciso que se saiba usar essas tecnologias de maneira favorável, como uma ferramenta de ensino que sirva como uma porta para novas oportunidades de aquisição de conhecimento, que, pelo intermédio do professor, leve o aluno a uma posição de coautoria, de pesquisador, de produtor no processo de formação. Assim como o professor, que antes era visto como o detentor do conhecimento passará a ser visto como incentivador, facilitador do processo de ensino-aprendizagem.
Para inserir essas novas tecnologias, é necessário, em primeiro lugar, que se tenha um bom planejamento por parte da escola; que se tenham objetivos a serem alcançados; que se tenha uma boa preparação do professor, o que não significa que ele deva ser mestre no assunto, mas que saiba dominar e escolher da melhor maneira possível os softwares a serem utilizados, de acordo com a faixa etária, características, cultura e meios em que estão inseridos os alunos, já que não bastam recursos que possibilitem novas maneiras de fazer se não houver professores capazes de orientar o aluno sobre como fazer um bom uso dessa ferramenta.
Utilizar computadores no processo de ensino não significa que se substituirá o professor. Muito menos que o uso deles salvará todos os anos de deficiência da educação, mas sim, que o aluno terá um complemento a mais para que a busca pelo conhecimento ocorra de uma maneira mais prazerosa e com possibilidades diferentes. Qualquer meio de ensino, sejam o quadro negro e livros didáticos ou, softwares de última geração, quando mal utilizados não possuem a eficácia desejada. Por isso a necessidade de preparação do professor e da escola para a inserção desse tipo de ferramenta de ensino.
Há muito tempo já é sabido que não se pode mais ver o aluno como uma tábula rasa, e isso acontece (e muito) quando o assunto é a utilização dos meios de tecnologia de comunicação e informação. Muitos alunos sabem mais que seus professores, que ainda relutam em utilizar tais meios como aparatos para a educação, então por que não utilizar tal conhecimento a favor do ensino? Por que não tornar isso uma ponte de acesso entre informação e conhecimento?
A grande maioria dos alunos afirma gostar mais quando os professores apresentam meios mais interativos durante suas aulas. Claro que não é somente a utilização de um Power Point que tornará o ensino mais interessante quando este apenas aparece como um substituto do texto escrito no quadro negro. O aluno percebe quando se utiliza essas ferramentas como maneira de “matar o tempo” da aula.
É necessário que se repense a maneira de utilizar tais meios ao nosso favor, despertando no aluno a vontade de buscar e não somente ser um receptor de informações, e com isso, elevar a outro nível a sua maneira de aprender, visto que a informação gera conhecimento e o conhecimento gera informação.
Obviamente sempre existirão obstáculos a serem enfrentados ao se implementar a utilização de novas tecnologias como metodologia de ensino, que vão desde elaborar uma pedagogia de projetos que abranja essa causa, até a preparação dos profissionais. Porém, é preciso que se leve em consideração que a participação de um projeto de ensino que utilize tecnologias de comunicação e educação como ferramentas de ação pedagógica requer que quem ensina e aprende repense e reveja sua concepção de formação de cidadão que não é mais restrita a uma sala de aula, assim como não é mais o resultado apenas da ação do professor.
Utilizar tecnologias como método de ensino-aprendizagem nos possibilita reerguer uma verdade já esquecida: aprender vai muito além de receber informações, muito além de ser um receptor, uma esponja que absorve tudo o que lhe passam. Aprender é explorar, desenvolver habilidades, trocar informações e experiências e transformá-las em conhecimento.















Referências Bibliográficas:
KENSKI, Vani Moureira. Tecnologias também servem para fazer educação. In: KENSKI, Vani Moureira. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. SP: Papirus, 2007. p. 43-62.
MARQUES, Adriana Cavalcanti; CAETANO, Josineide da Silva. Utilização da informática na sala de aula. In: MERCADO, Luis Paulo Leopoldo (Org.). Novas Tecnologias na Educação: Reflexões sobre prática. Maceió: Edufal, 2002. p. 131-168
Vídeo: “Quando sinto que já sei”. Disponível em: http://vimeo.com/101830173?from=outro-embed. Acesso em: 17/09/2014.


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